Apresentação

Bem vindos ao meu espaço cultural (=p). Meu blog não tem a pretensão de ser inspirador, nem tampouco servir de referência moral. São reflexões do dia-dia, descobertas, entretenimento (que deverá ter bastante), pensamentos inacabados, que nem sempre podem ser tomados com verdades incontestáveis ou opiniões formadas sobre determinado assunto, até porque eu dificilmente tenho opinião formada (=D).
Divirta-se!

Alucinação

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Eu acho engraçado como o Belchior escreve músicas, e mais ainda como ele canta, parece que fala em vez de cantar. "Alucinação" é uma canção que fala daquilo que interessa ao poeta. Não são os movimentos sociais que o alucinam e sim a causa. A causa dos brasileiros que trabalham muito e ganham pouco, e todas as mazelas expostas por Belchior na canção.
Chamo atenção para a abertura do vídeo abaixo, feito por um fã, usando imagens do super premiado documentário "Estamira" (veja aqui) de Marcos Prado, que retrata a vida de uma mulher no Lixão em busca da sobrevivência. Estamira é considerada louca pelos médicos, mas o seu discurso é mais lúcido que o de muitos que vivem de braços cruzados, fechados em seus gabinetes.





Alucinação

Belchior

Eu não estou interessado
Em nenhuma teoria
Em nenhuma fantasia
Nem no algo mais
Nem em tinta pro meu rosto
Ou oba oba, ou melodia
Para acompanhar bocejos
Sonhos matinais...
Eu não estou interessado
Em nenhuma teoria
Nem nessas coisas do oriente
Romances astrais
A minha alucinação
É suportar o dia-a-dia
E meu delírio
É a experiência
Com coisas reais...
Um preto, um pobre
Uma estudante
Uma mulher sozinha
Blue jeans e motocicletas
Pessoas cinzas normais
Garotas dentro da noite
Revólver: cheira cachorro
Os humilhados do parque
Com os seus jornais...
Carneiros, mesa, trabalho
Meu corpo que cai
Do oitavo andar
E a solidão das pessoas
Dessas capitais
A violência da noite
O movimento do tráfego
Um rapaz delicado e alegre
Que canta e requebra
É demais!...
Cravos, espinhas no rosto
Rock, Hot Dog
"Play it cool, Baby"
Doze Jovens Coloridos
Dois Policiais
Cumprindo o seu duro dever
E defendendo o seu amor
E nossa vida
Cumprindo o seu duro dever
E defendendo o seu amor
E nossa vida...
Mas eu não estou interessado
Em nenhuma teoria
Em nenhuma fantasia
Nem no algo mais
Longe o profeta do terror
Que a laranja mecânica anuncia
Amar e mudar as coisas
Me interessa mais
Amar e mudar as coisas
Amar e mudar as coisas
Me interessa mais...

Infinitude, Amor e Fé

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Imagem: NASA

O que pode exemplificar mais o conceito de infinitude do que o Universo? Muitos cientistas acreditam que ele seja infinito mesmo, outros não.
Infinitude é uma expressão não muito usual, pelo simples fato de poucas coisas serem infinitas. Nem a vida na terra é. Quem acredita na vida humana terrestre para sempre? Aliás, podemos até trocar a palavra infinito, quase sempre, por desconhecido. Se eu conheço alguma coisa por completa, ela não é infinita, pois eu conheço seus limites.
E o amor? Poderia ser atribuido de infinitude? Veja o que C.S. Lewis fala acerca do Amor:
O Amor-Necessidade diz de uma mulher: 'Não consigo viver sem ela'; o Amor-Doação deseja proporcionar a ela felicidade, conforto, proteção - e, se possível, riqueza; o Amor-Apreciativo a contempla, e prende a respiração, e se cala, e se alegra por tamanha maravilha existir, mesmo que não para ele, e não se sente inteiramente deprimido por perdê-la, e prefirira perdê-la a jamais tê-la visto. - Citação de Os Quatro Amores.
Platão, Dante, Shakspeare, descrevem o amor de várias formas. Então, o amor por ser algo abstrato, não se pode ilustrar de uma maneira só. Poderá ser o amor então atribuído de Infinitude somente por isso? Vamos ver, o Amor-Doação ilustrado por Lewis talvez seja o menos abstrato de todos, ele está relacionado com motivação, atitude, realização e etc. É o que pode ser observado através da ação das pessoas. Por isso acho totalmente errôneo classificar o Amor com um sentimento apenas.

Infinitude como atributo de Deus, remete a Deus como portador de todos os valores que consideramos bons. No prisma da fé cristã, o amor é sofredor, é benigno, não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, e etc. Dessa maneira, o amor é objetivo utópico (no meu ponto de vista) para o ser humano, o que não significa que deve ser esquecido. É como um mandamento perfeito para pessoas imperfeitas.

Sinceramente, eu creio no amor como uma ferramenta, um presente divino, para auxiliar os seres humanos. Pois através do amor, somos capazes de realizar feitos além de nossa capacidade humana. No fim das contas, amor é equivalente à fé; você não pode ver, mas acredita que vai acontecer.
Bem, melhor do que minha explanação, é a música do Djavan;
Infinitude
Composição: Djavan / Flávia Virgínia
Eu vou cantar pra você Do que é feito o novo amor: De um outro amar, que é ceder, Pela unidade de todos nós. Reinventar, reviver, Ressignificar o amor, Que esse que está Já não dá, caducou. Essa já não é mais a época De se ligar na própria dor! E guerrear, sempre em nome do amor. Pois o que ele quer É crescer o mais que der Até a infinitude Do olhar, do ouvir, Nas mãos em algum jardim, Da gente da terra enfim. Crescer, buscar, até chegar a Deus Pra amar essa terra e os seus.

Começando com MUSica...

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Pra ficar mais fácil de começar, vou recomendar uma banda que tá rolando no meu Media Player... MUSE

Conheci essa banda numa garimpagem por bandas do estilo britânico, e pela divulgação maciça da MTV antes do show deles no Brasil este ano, através do clipe de Starlight, que é uma das músicas mais comerciais, porém a banda tem tantos outros hits interessantes, vou deixar aqui o clipe de Knights of cydonia, que é uma musica que soa de forma quase épica, hit com cara de trilha sonora, muito bom! A banda se sobresai das demais porque os musicos são bons...
Pra curitr tem o Myspace: http://myspace.com/muse
E abaixo segue o clipe supracitado...