Apresentação

Bem vindos ao meu espaço cultural (=p). Meu blog não tem a pretensão de ser inspirador, nem tampouco servir de referência moral. São reflexões do dia-dia, descobertas, entretenimento (que deverá ter bastante), pensamentos inacabados, que nem sempre podem ser tomados com verdades incontestáveis ou opiniões formadas sobre determinado assunto, até porque eu dificilmente tenho opinião formada (=D).
Divirta-se!

Infinitude, Amor e Fé

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Imagem: NASA

O que pode exemplificar mais o conceito de infinitude do que o Universo? Muitos cientistas acreditam que ele seja infinito mesmo, outros não.
Infinitude é uma expressão não muito usual, pelo simples fato de poucas coisas serem infinitas. Nem a vida na terra é. Quem acredita na vida humana terrestre para sempre? Aliás, podemos até trocar a palavra infinito, quase sempre, por desconhecido. Se eu conheço alguma coisa por completa, ela não é infinita, pois eu conheço seus limites.
E o amor? Poderia ser atribuido de infinitude? Veja o que C.S. Lewis fala acerca do Amor:
O Amor-Necessidade diz de uma mulher: 'Não consigo viver sem ela'; o Amor-Doação deseja proporcionar a ela felicidade, conforto, proteção - e, se possível, riqueza; o Amor-Apreciativo a contempla, e prende a respiração, e se cala, e se alegra por tamanha maravilha existir, mesmo que não para ele, e não se sente inteiramente deprimido por perdê-la, e prefirira perdê-la a jamais tê-la visto. - Citação de Os Quatro Amores.
Platão, Dante, Shakspeare, descrevem o amor de várias formas. Então, o amor por ser algo abstrato, não se pode ilustrar de uma maneira só. Poderá ser o amor então atribuído de Infinitude somente por isso? Vamos ver, o Amor-Doação ilustrado por Lewis talvez seja o menos abstrato de todos, ele está relacionado com motivação, atitude, realização e etc. É o que pode ser observado através da ação das pessoas. Por isso acho totalmente errôneo classificar o Amor com um sentimento apenas.

Infinitude como atributo de Deus, remete a Deus como portador de todos os valores que consideramos bons. No prisma da fé cristã, o amor é sofredor, é benigno, não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, e etc. Dessa maneira, o amor é objetivo utópico (no meu ponto de vista) para o ser humano, o que não significa que deve ser esquecido. É como um mandamento perfeito para pessoas imperfeitas.

Sinceramente, eu creio no amor como uma ferramenta, um presente divino, para auxiliar os seres humanos. Pois através do amor, somos capazes de realizar feitos além de nossa capacidade humana. No fim das contas, amor é equivalente à fé; você não pode ver, mas acredita que vai acontecer.
Bem, melhor do que minha explanação, é a música do Djavan;
Infinitude
Composição: Djavan / Flávia Virgínia
Eu vou cantar pra você Do que é feito o novo amor: De um outro amar, que é ceder, Pela unidade de todos nós. Reinventar, reviver, Ressignificar o amor, Que esse que está Já não dá, caducou. Essa já não é mais a época De se ligar na própria dor! E guerrear, sempre em nome do amor. Pois o que ele quer É crescer o mais que der Até a infinitude Do olhar, do ouvir, Nas mãos em algum jardim, Da gente da terra enfim. Crescer, buscar, até chegar a Deus Pra amar essa terra e os seus.